Publicado na Bori em 11/3/2021, 9:54 – Atualizado em 11/3/2021, 9:56

Em um ano de atuação, a Agência Bori antecipou a jornalistas 147 estudos científicos — o que dá uma média de um estudo disseminado a cada dois dias. Esses dados fazem parte do balanço geral das ações e resultados da Bori em 2020 e foram apresentados pelas coordenadoras da iniciativa, Sabine Righetti e Ana Paula Morales, no evento virtual #TemciencianoBR, no dia 23, que marcou a comemoração do aniversário da agência. A apresentação completa dos resultados pode ser conferida aqui.

Os estudos foram disseminados para 1300 jornalistas cadastrados de diversos veículos de comunicação de todas as regiões do país e foram publicados em revistas científicas editadas no Brasil (70%) ou no exterior (30%) ou em formato de relatório técnico ou livro. Eles estão vinculados a 129 instituições de pesquisa distribuídas em todas as regiões do país. Saúde e ciências sociais aplicadas foram as áreas mais divulgadas, cada uma com ⅓ dos estudos. Em menor quantidade, aparecem estudos das áreas das ciências biológicas, ambientais, exatas e humanidades. 

O resultado da disseminação dos estudos pode ser medido tanto em termos quantitativos, por meio da sua repercussão na imprensa, quanto em termos qualitativos, rastreando a interação entre pesquisadores e tomadores de decisão da esfera pública. Alguns estudos tiveram mais de 60 menções na imprensa, em veículos como Folha de S. Paulo, Diário de Pernambuco, Agência Brasil, Zero Hora, O Povo, Vocativo, Correio da Bahia, entre outros. Foi o caso dos estudos sobre transmissão de sífilis em bebês, impactos da pandemia em profissionais de saúde e efeitos das mudanças climáticas nos recifes de corais da costa brasileira. Agentes do poder público chamaram porta-vozes de alguns estudos com ampla repercussão para dialogar e orientá-los nas tomadas de decisão.

Diversidade regional e de gênero

Além da área de conhecimento, a diversidade de gênero das porta-vozes e de instituições de pesquisa dos estudos disseminados foram foco constante da curadoria da Bori. Em 2020, metade dos estudos divulgados pela Bori tiveram cientistas mulheres como porta-vozes. A distribuição regional também foi atendida: em todas as regiões do país, ao menos metade das instituições tiveram estudo disseminado pela Bori. Isso significa visibilizar instituições do norte e centro-oeste e nordeste brasileiros para a imprensa de todo o país. 

Em 2020, a Bori conseguiu ultrapassar a sua meta de disseminação de estudos para a imprensa. O desafio de levar ciência para todos os cantos do país, por meio do jornalismo, continua em 2021 – com ainda mais atenção às diversidades.