Publicado na Bori em 17/2/2022, 10:44 – Atualizado em 24/6/2022, 15:39

Jornalistas da AFP, Estadão, Folha, Zero Hora e Vocativo receberam quatro prêmios e duas menções honrosas por reportagens publicadas recentemente sobre vacinas

A matéria de checagem “Certificados usados na Alemanha nazista não são comparáveis ao passaporte sanitário da covid-19”, produzida pelas repórteres Yael Berman e Rosário Marina, da AFP (Agência France Press), foi a grande vencedora do Prêmio Infovacina de Jornalismo. A premiação faz parte do programa de mentoria jornalística Infovacina, da Agência Bori, com apoio do Sabin Vaccine Institute e do Instituto Serrapilheira, que se encerra neste mês.

O prêmio foi concedido em sessão virtual realizada na quarta (16), com presença dos 26 jornalistas participantes do programa e de Denise Garrett, vice-presidente do Sabin Vaccine Institute, e de Natália Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC) e colaboradora do programa. Além dele, outras três categorias foram premiadas: Jornalismo de Checagem, Jornalismo Explicativo-Serviços e Jornalismo de Conteúdo Exclusivo.

Os repórteres Fred Santana, do site Vocativo, Ana Bottallo, da Folha de S. Paulo e Mariana Hallal, do Estadão, foram premiados nestas três categorias. Fred, que atua em Manaus, ganhou o prêmio de Jornalismo de Checagem com a matéria “Não há como vacinas criarem variantes do coronavírus, explicam cientistas” devido ao impacto social do tema na população local. Na matéria ganhadora da categoria Explicativo-Serviços, Ana explora o uso de tecnologias de vacinas de Covid-19 para combater doenças negligenciadas. Por fim, a matéria de Hallal, intitulada “Deserto da vacina”, de 2 de dezembro de 2021, foi a primeira a tematizar a desigualdade da distribuição de vacinas no mundo — temática que virou pauta em outros veículos de comunicação.

Também foram concedidas “menções honrosas” a outras duas matérias sobre vacinas: “’Pandemia dos não vacinados’: entenda os riscos de quem não toma duas doses para si e para os outros”, de autoria do Marcel Hartmann, da GZH, e “ Vacina para crianças estimula ativismo de bolsonaristas contra o imunizante”, de Gustavo Queiroz e Levy Teles, do Estadão.

Ao todo, foram inscritas 29 matérias sobre vacinação em chamada pública lançada em setembro de 2021 aos participantes do Infovacina, produzidas ao longo dos quatro meses de duração do programa. O júri foi composto pelo pesquisador Gustavo Cabral, o jornalista Marcelo Soares, pelos jornalistas Natália Flores, Maurício Moraes e Sabine Righetti, da equipe da Bori, e pelas cientistas Natália Pasternak e Denise Garrett. Originalidade do conteúdo, extensão e complexidade da apuração e impacto social da informação foram levados em consideração na escolha das matérias ganhadoras, cujos repórteres receberão prêmios no valor de 5 mil reais (grande prêmio) e 3 mil reais para cada reportagem das demais categorias.

Essa é a segunda ação da Bori com o Sabin Institute voltada a jornalistas que estão na cobertura de vacinas. A primeira iniciativa, o curso Noticiando vacinas, que também contou com o IQC, reuniu 50 jornalistas de todo o país em dez horas de imersão sobre temas como tipos de vacinas, sistema imune e testes clínicos. Na época, a Bori também publicou o Manual Noticiando Vacinas, que deve ser atualizado em nova etapa do projeto com mais ações voltadas a jornalistas.

Sobre o Infovacina

O Infovacina é o primeiro programa de mentoria jornalística coordenado pela Agência Bori, com apoio do Sabin Vaccine Institute e Instituto Serrapilheira. Com foco em dar suporte a jornalistas interessados em contar boas histórias sobre vacinas, ele acompanhou 26 repórteres de 13 estados brasileiros de veículos como Folha de S. Paulo, Agência Pública, Aos Fatos, O Liberal, GZH, Estadão, Veja Saúde, O Povo, de outubro de 2021 a fevereiro de 2022. Além de palestras quinzenais com especialistas expoentes, como Gonçalo Vecina, Natália Pasternak e Diego Xavier (Fiocruz), o programa também ofereceu mentoria de dados e de saúde a esses jornalistas, do Dr. Gustavo Cabral (USP), e do jornalista Marcelo Soares (LagomData). A intenção é que essa rede de 26 jornalistas reportando sobre vacinas continue ativa nos próximos meses.

Confira os ganhadores do prêmio Infovacina: