Foto: Dan Gold / Unsplash
Publicado na Bori em 15/4/2021, 14:53 – Atualizado em 15/4/2021, 14:57

Estudos e evidências científicas que nos ajudem a entender o cenário da fome, da obesidade e doenças crônicas não transmissíveis, bem como a encontrar soluções mais saudáveis e sustentáveis para a produção e consumo de alimentos têm se tornado urgentes no contexto brasileiro — tanto quanto sua disseminação para a sociedade.  Por isso, sistemas alimentares foi escolhido como o segundo grande tema de apoio para a imprensa na Bori, depois de Covid-19.

Isso significa que a Bori tem, a partir de agora, um olhar específico para toda a produção de conhecimento que envolva as teias complexas que abrangem os elementos e processos da cadeia de produção pelos quais os alimentos passam até chegar à mesa das pessoas, considerando suas dimensões econômica, social, cultural e muitas outras. Todo esse trabalho tem recebido apoio fundamental do Instituto Ibirapitanga.

Estamos antecipando periodicamente aos jornalistas cadastrados na Bori trabalhos relacionados a sistemas alimentares de cientistas em várias áreas da ciência, como agronomia, saúde, ambiente e economia. Todos os estudos são acompanhados de textos explicativos que os jornalistas podem reproduzir e do contato do pesquisador porta-voz.

Desde a criação do grande tema de sistemas alimentares na Bori, em fevereiro, seis estudos inéditos já foram antecipados à imprensa sobre alimentação escolar, açúcar de adição em alimentos processados e qualidade da água, e tiveram repercussão na mídia em veículos de todas as regiões do Brasil. Somados aos estudos na área que já haviam sido antecipados a jornalistas na Bori, a área conta hoje com um total de 42 trabalhos científicos disseminados.

Estratégias de conhecimento e divulgação

Jornalistas também encontram na Bori um banco de fontes específica da área de sistema alimentares que já reúne, neste mês de abril, contatos de 64 cientistas das cinco regiões brasileiras preparados para falar sobre temas como políticas públicas de segurança alimentar, biodiversidade, produção de alimentos e alimentação escolar. Esse banco será atualizado e ampliado periodicamente.

Entre as ações específicas da Bori sobre sistemas alimentares também estão previstos workshops para cientistas da área no sentido de prepará-los para atender a imprensa e imersões semestrais para jornalistas sobre o tema.

Para disseminar o conhecimento nacional sobre sistemas alimentares, claro, é preciso conhecê-lo amplamente. Por isso, a Bori também tem feito um esforço significativo de pesquisa, mapeamento e monitoramento da produção científica brasileira na área de sistemas alimentares — que continuará ao longo da execução do projeto. Esse trabalho está sob coordenação da jornalista Marina Yamaoka, mestra em desenvolvimento internacional com foco em sistemas alimentares e políticas públicas, e do cientista de dados Estêvão Gamba, doutor em ciências. Já sabemos, por exemplo, que o Brasil é um grande produtor mundial de conhecimento científico na área. Em breve, esse mapeamento também estará disponível na Bori.