Seis vírus estão entre os principais patógenos que atacam colônias de abelhas produtoras de mel no Brasil e, aliado a outros fatores são responsáveis pela perda significativa de colônias e populações de abelhas nos últimos anos, observadas em diversos países do mundo. A constatação foi feita a partir de mapeamento produzido por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, e publicada em estudo da edição de setembro de 2019 na revista “Ciência Rural”.
Os cientistas realizaram uma revisão das principais pesquisas sobre vírus em abelhas melíferas com o objetivo de reunir em um mesmo artigo o conhecimento atual sobre vírus identificados em colônias de abelhas no Brasil e no mundo. Na investigação feita no país, foram encontrados os vírus da Paralisia Crônica e da Paralisia Aguda, o vírus da Asa Deformada e da Realeira Negra, além dos vírus da Cria Ensacada e o da Paralisia Israelense.
Rotas de transmissão e as formas como afetam a imunidade e a saúde desses insetos, como sintomas das doenças e principais parasitas, também foram descritos pelos pesquisadores no artigo.
Polinização
As abelhas melíferas são importantes polinizadoras, sendo responsáveis por 90% da polinização de 35% da produção de alimentos no mundo. No Brasil, cerca de 141 espécies de cultivo usados para produção de biodiesel e consumo humano e animal dependem dessa polinização. Como os vírus são um dos principais fatores de perda de colônias, conhecer os seus mecanismos de ação pode ajudar cientistas e agricultores a traçar estratégias de prevenção de infecção nestas colônias.