Mesmo com as estratégias do YouTube de combate a fake news sobre a pandemia, diversos canais brasileiros continuam lucrando com vídeos que desinformam a audiência.

É o que afirma novo estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que analisou 3.318 vídeos sobre Covid-19 da plataforma.

Aproximadamente 41% dos vídeos que mencionaram a doença envolveram algum tipo de desinformação, cujas graves consequências podem ser ainda mais severas durante crises de saúde pública.

E a grande parte deles continuou lucrando com anúncios e monetização.

A estratégia de substituir termos como Covid-19, pandemia e coronavírus por pronomes ou anagramas foi usada pela maioria dos canais analisados.

“A plataforma incentiva e premia canais distribuidores de teorias da conspiração e de saúde alternativa por meio de seu programa de parcerias. Nos chamou atenção a relativa tranquilidade com que esses canais se mantêm online e monetizados, mesmo desrespeitando as políticas da plataforma”, Dayane Machado, autora principal do estudo