Os afloramentos rochosos da Mata Atlântica desempenham papel importante na conservação da biodiversidade de epífitas.

É o que demonstra novo estudo feito na Mata Atlântica Capixaba por pesquisadores do Instituto da Mata Atlântica (INMA) e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

As epífitas são plantas que vivem sobre outras plantas, sem parasitá-las. Já os afloramentos, conhecidos entre os cientistas como inselbergs, são refúgio para as espécies, protegendo-as da intervenção humana.

Durante o trabalho, os pesquisadores foram surpreendidos com o alto número de inselbergs rodeado de espécies epifíticas: 266 espécies, sendo que mais de 75% das registradas neste estudo são típicas da Mata Atlântica do entorno.

“Com isso, esses ecossistemas foram preservados do impacto humano e mantiveram seu caráter de refúgio. Entretanto, inúmeros impactos ameaçam a diversidade da flora nos inselbergs capixabas, sendo o mais grave a mineração de rochas ornamentais, resultando na perda de habitats e na consequente ameaça a várias espécies botânicas”, disse Talitha Mayumi Francisco, pesquisadora (INMA).