A agricultura urbana influencia o empreendedorismo feminino nas periferias de São Paulo.

É o que relata o livro "Agricultura na Cidade: o cultivo de alimentos e do comum pelas mulheres”, fruto de uma tese de doutorado defendida na Faculdade de Saúde Pública da USP

As autoras contextualizam o surgimento das hortas nos grandes centros urbanos, os problemas que as propriedades enfrentam e, ainda, trazem três exemplos de hortas chefiadas por mulheres em São Paulo.

Ao explorar as hortas urbanas chefiadas por mulheres, o livro mostra que estes espaços também dão oportunidade para formação política e geração de renda para mulheres em situação de vulnerabilidade.

Uma característica comum observada nas famílias atendidas pelas hortas é a maioria ser composta por pessoas que migraram de outras regiões do país, principalmente do Nordeste.

As autoras também destacam a importância de políticas públicas voltadas para a agroecologia urbana, para manter as hortas em funcionamento.

“Todas tinham histórias de violência, então fui entender as origens disso. Atuar nessas hortas permitiu a elas se desvencilhar de situações de muita violência, seja do marido, do namorado ou de um terceiro”, afirma a socióloga Laura Carvalho, uma das autoras do livro.

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