Práticas de opressão, como exoneração e remoção de postos de trabalho, foram intensificadas durante o governo Bolsonaro.
O que fez com que os servidores federais precisassem aprimorar suas estratégias contra o desmonte institucional.
É o que afirma novo artigo feito por pesquisadores da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP) e da Universidade de Brasília (UnB), publicado na “Revista Brasileira de Ciência Política”.
O artigo mapeou estratégias de opressão do governo Bolsonaro e de reação de 165 servidores federais a partir de entrevistas de dezembro a maio de 2020.
A pesquisa dividiu as estratégias em formais: com uso de mecanismos oficiais, como decretos e instruções normativas; ou informais: realizadas por mensagens de texto, por exemplo; e, também, como coletivas ou individuais.
As ações causaram impacto na saúde mental dos trabalhadores. Outras táticas como assédio e ameaças informais aos indivíduos, que têm um efeito mais restrito na carreira dos servidores, também foram observadas.
A pesquisa também afirma que o atual governo deve atentar às fragilidades institucionais, investindo na segurança dos espaços de denúncia e na proteção dos servidores