13 de janeiro de 2021 Salvar link
Biologia

Highlights

  • Combinando ciência, história e narrativa ficcional, obra desvenda enigma biogeográfico na Cadeia do Espinhaço
  • Descoberta de ave, em 2007, leva a uma revisão da história geológica da América do Sul
  • Livro de popularização científica faz parte da Coleção Meio de Cultura da Editora Unicamp

Uma nova espécie de ave é encontrada no Brasil, mais especificamente na Cadeia do Espinhaço, cordilheira que cruza os estados de Minas Gerais e Bahia.  Em um primeiro olhar, parece semelhante a um joão-de-barro ou a um sabiá sujo. Mas estudos vão revelando que se trata de outra espécie e que sua  presença naquele local contrariava o que se sabia até então. Este enigma biogeográfico leva à concepção do livro “Um sabiá sujo: A aventura científica sobre a descoberta de uma ave e de um continente”, de Marcos Rodrigues. A obra, lançada na quarta (13), faz parte da Coleção Meio de Cultura, uma série de livros de divulgação científica publicados pela Editora da Unicamp.

O autor é biólogo e mestre em Ecologia pela Unicamp e doutor em Zoologia pela Universidade de Oxford, Inglaterra. Autor de mais de cem artigos científicos, é professor na UFMG, onde conduz pesquisas na área de comportamento e ecologia animal. Misturando observação científica, informação história e narrativa ficcional, o livro apresenta a descoberta, em 2007, de um pássaro aparentemente comum, o Cinclodes espinhacensis, conhecido como pedreiro-do-espinhaço – uma ave com cerca de 22 centímetros de comprimento, plumas amarronzadas, parte inferior bege, faixa amarelada sobre os olhos, pernas curtas e escuras, bico preto e afilado.

O pedreiro-do-espinhaço pertence a um grupo típico das altas montanhas da Cordilheira dos Andes e dos frios campos da Patagônia, jamais tendo sido observado nas montanhas de Minas Gerais. Sua descoberta suscita uma discussão sobre a história geológica da América do Sul e sobre a teoria da evolução.

Marcos Rodrigues transforma a descoberta científica em uma narrativa ficcional de que tomam parte nomes centrais da biologia, da geografia e da literatura, como Alexander von Humboldt, James Cook e Pablo Neruda e de que não poderia estar ausente o naturalista mais importante para esta história: Charles Darwin. A jornada leva o narrador à Alemanha da Segunda Guerra, passando pelo rio Amazonas, pelo o arquipélago de Galápagos, por Londres, Cochabamba, Potosí, Namíbia e África do Sul, em uma busca pela solução desse mistério biogeográfico.

Um sabiá sujo é uma jornada científica apaixonada. Como todo bom livro de divulgação científica, destina-se a vários públicos: dos ornitólogos amadores aos biólogos e geógrafos; dos estudantes de graduação aos curiosos pelas descobertas científicas.

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Fonte: Agência Bori

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Publicado na Bori em 13/1/2021, 22:00 – Atualizado em 1/4/2021, 17:04