Com certeza, você viu uma reportagem nos últimos dias sobre um estudo que mapeou uma nova variante do vírus HIV no país. Os pesquisadores da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) identificaram o subtipo em amostras de sangue de pacientes com o vírus da Aids de Salvador (Bahia), Porto Alegre (Rio Grande do Sul) e Rio de Janeiro — o que indica que ele está circulando, pelo menos, em três estados brasileiros. Essa pesquisa ganhou destaque na imprensa por causa do trabalho da Bori.
O trabalho foi selecionado pela curadoria da Bori e disseminado, de forma explicada e antecipada, à imprensa de todo o país. O resultado? Ele saiu em mais de 200 veículos da imprensa, entre eles, O Globo, Folha de S. Paulo, Estadão, G1 e Veja Saúde.
Os jornalistas cadastrados na Bori acessaram o estudo da UFBA e Fiocruz sob embargo jornalístico com uma semana de antecedência. Além do artigo, eles também tiveram acesso ao texto jornalístico produzido pela Bori e ao contato direto da porta-voz da pesquisa. Esse sistema, que funciona graças a parcerias com revistas científicas, permite à imprensa receber informações científicas em primeira mão, saindo do forno, e dá super certo!
Folha, Estadão, Veja Saúde e O Globo? Temos!
O artigo foi publicado na “Revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz” — a Mioc, que é indexada na SciELO – Scientific Electronic Library Online. Parceira da Bori, ela é uma das revistas editadas no Brasil que tem o maior impacto acadêmico — o chamado fator de impacto. Isso significa que a publicação é reconhecida como relevante, globalmente, na sua área de pesquisa. Ou seja, estamos levando trabalhos de qualidade, produzidos por brasileiros, para a imprensa nacional.
Apesar de terem detectado essa nova variante, os pesquisadores não sabem se ela tem maior transmissibilidade ou se progride mais rápido para a Aids em comparação a outros tipos de HIV. O Estadão resolveu dar destaque a essa informação, explicitando, também, que “o estudo serve de alerta tanto para a população quanto para órgãos responsáveis pelo controle epidemiológico do HIV” — e que a pesquisadora recomenda à população o reforço de medidas preventivas como uso de preservativos e não compartilhamento de seringas.
A reportagem da Veja Saúde explicou, em detalhe, como surgem as variantes de vírus como o HIV e também procurou não causar alarde no leitor, destacando que: “Os resultados da análise devem ser interpretados com cautela uma vez que as informações disponíveis sobre os efeitos das alterações genéticas são escassas. Não se sabe, por exemplo, se a variante pode apresentar vantagens adaptativas ou replicativas”.
Jornalismo local
A identificação da nova variante do HIV também foi assunto em veículos de imprensa com alcance local e regional onde ela foi detectada — Bahia, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro — e, também, em outros estados brasileiros. Saiu, por exemplo, no Correio (BA), na GZH (RS) e Diário Carioca (RJ), além de Diário do Pará (PA), Metrópoles (DF) e A Gazeta do Acre (AC). Com o título “Nova variante do HIV é detectada na Bahia e em outros dois estados, afirma estudo”, o Correio (BA) chamou a atenção para o fato da variante ter sido detectada em território baiano.
A repercussão local e regional mostra que, com a Bori, as pesquisas brasileiras conseguem chegar mais longe, e passam a ser sair em veículos de imprensa, muitas vezes, não acostumados a noticiar ciência. Nossa capilaridade permite chegar lá: temos mais de 3 mil jornalistas cadastrados, acessando, diariamente, nossos conteúdos.
Cientistas que queiram que seus estudos cheguem a todos os cantos do país podem enviar estudos científicos em vias de publicação para a curadoria da Bori. E jornalistas interessados em receber esse conteúdo podem se cadastrar, gratuitamente, no nosso site.