Foto: Robina Weermeijer / Unsplash
Nova descoberta liderada pela Unicamp sobre o impacto da Covid-19 no cérebro sai em cerca de 50 veículos de comunicação, entre eles, o Estadão
Publicado na Bori em 8/8/2024, 17:56 – Atualizado em 13/8/2024, 11:13

Por Natália Flores* e Débora Gallas**

 

Foi assunto na imprensa nas últimas semanas uma nova descoberta liderada pela Unicamp sobre o impacto da Covid-19 no cérebro. O estudo mostra que o coronavírus afeta o cérebro de forma similar à esquizofrenia — o que surpreendeu os cientistas. Além dele, você também deve ter visto alguma reportagem sobre um estudo da USP e da Unicamp que revela que a taxação de bebidas açucaradas pode trazer uma economia de R$81 bilhões para o país; ou, ainda, sobre um terceiro estudo, também da Unicamp, mostrando que o mulheres pretas têm duas vezes mais risco de morrer durante o parto que brancas e pardas. Essas três pesquisas, de alto impacto social, chegaram à imprensa por causa do trabalho da Bori.

Esses três estudos foram enviados para a nossa curadoria pelos próprios pesquisadores e foram disseminados de forma explicada aos mais de 3 mil jornalistas cadastrados na Bori (cientistas podem fazer isso por aqui). Elas somaram mais de 120 reportagens imediatas na imprensa, saindo, inclusive, em veículos de amplo alcance como o Estadão, Folha de S. Paulo, CNN, SBT e G1 de Campinas e região, portal local da Globo. São grandes veículos que tendem a chegar a tomadores de decisão.

Os jornalistas cadastrados na Bori acessaram os estudos sob embargo jornalístico — ou seja, alguns dias antes de os próprios artigos serem publicados nas revistas científicas. Eles também acessaram um texto jornalístico, que explica os principais pontos da pesquisa, e o contato direto dos porta-vozes. A Bori tem uma tecnologia que mapeia estudos em revistas científicas parceiras antes de serem publicados — mas também tem a confiança dos cientistas, que enviam para a nossa curadoria pesquisas em vias de publicação em outros periódicos. Caso o estudo tenha interesse jornalístico, iniciamos o processo de divulgação, negociando, com o periódico, a data de publicação na imprensa. Ou seja, a Bori é referência também para a comunidade científica na divulgação de ciência à imprensa.

 

Descoberta sobre Covid-19 em grandes veículos

O artigo foi publicado na revista internacional “European Archives of Psychiatry and Clinical Neurosciences”. A gente entrou em contato com o editor da revista científica para combinar uma data de publicação, que possibilitasse sua divulgação à imprensa brasileira. Tudo para levar a ciência cada vez mais longe!

O trabalho saiu em cerca de 50 veículos jornalísticos, entre eles, Estadão, CNN, G1 Campinas e região e o UOL. O Estadão, por exemplo, anunciou as descobertas da pesquisa com responsabilidade, com a voz do próprio pesquisador: “Embora o estudo traga diversas informações sobre como o cérebro é afetado pela Covid-19, Martins-de-Souza explica que ele traz hipóteses, não respostas”.

Além disso, a matéria fala que “tudo ainda precisa ser comprovado por novas pesquisas” e que “o pesquisador espera que a publicação do estudo faça com que essas informações cheguem a outros cientistas”. Nada melhor do que a divulgação desses resultados na imprensa para levar essa informação mais longe, inclusive a outros grupos de pesquisa envolvidos no tema, que também se informam por meio de jornais e portais de notícias. E a Bori tem papel ativo nesta circulação de conhecimento.

Taxação de bebidas açucaradas na Folha

No início de julho, na semana em que a Câmara dos Deputados debatia a regulamentação da reforma tributária, a Bori divulgou à imprensa um estudo da Unicamp e da USP que calculou os benefícios de um imposto de 20% e de 30% sobre bebidas açucaradas para a saúde e a economia brasileiras.

O trabalho estimou que a taxação mais alta poderia reduzir o consumo e, por consequência, diminuir os custos relacionados ao atendimento de condições como obesidade e diabetes em quase R$ 81 bilhões. A pesquisa foi publicada na revista científica “PLOS Medicine”, que topou negociar com a gente uma data para a publicação do artigo que viabilizasse a sua divulgação antecipada e explicada à imprensa brasileira pela Bori.

A Folha de S. Paulo, por exemplo, fez reportagem sobre a pesquisa, que repercutiu em outros 20 veículos jornalísticos de todo o país. Além do resultado impactante, o estudo chamou a atenção da nossa curadoria pela atualidade do tema. O Congresso, até o momento, decidiu manter as bebidas açucaradas na lista de produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, que também inclui cigarros e bebidas alcoólicas, que receberão o imposto seletivo. As constatações do artigo podem contribuir para a próxima etapa de discussão da reforma tributária, que inclui a definição das alíquotas dos impostos a serem cobrados.

Na matéria, a Folha ouviu o relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes, que reconheceu a necessidade de taxar as bebidas açucaradas. A pesquisadora da USP Paula Pereda, uma das autoras do artigo, avaliou que a transição para uma alimentação mais saudável passa também pela redução dos impostos de alimentos benéficos à saúde para facilitar o acesso das famílias mais pobres.

Mortalidade materna de pretas em mais de 50 veículos jornalísticos

Outro estudo que chegou à grande imprensa do país traz dados surpreendentes sobre o impacto da cor/raça na mortalidade materna, mostrando que grávidas e puérperas pretas morrem duas vezes mais que brancas e (até mesmo!) pardas. A pesquisa teve mais de 50 repercussões na imprensa, batendo nosso recorde entre os estudos divulgados no mês de julho. Saiu na Folha, CNN, G1 Campinas e região, Estado de Minas e SBT.

O SBT, por exemplo, aproveitou a pauta do Dia Internacional da Mulher Caribenha e Latino-Americana, para falar sobre a desigualdade que afeta mulheres pretas no país, na matéria “25 de julho: entenda em 5 pontos a importância do Dia da Mulher Negra”, citando os dados do estudo. O portal Geledés, do Instituto da Mulher Negra, especializado em comunicação e advocacy de promoção de igualdade de gênero e raça, também repercutiu o estudo — mostrando que a Bori chega inclusive em veículos de nicho.

Além dos veículos de grande alcance, como Folha de S. Paulo e Estadão, as três pesquisas também chegaram a jornais regionais, como Gazeta de Rondônia (RO), Folha de Pernambuco (PE), O Dia (RJ) e Estado de Minas (MG). Ou seja, a Bori tem capilaridade para levar a ciência para diversos pontos do país!

 

*Gerente de conteúdo da Agência Bori

** Coordenadora de projetos especiais da Agência Bori