Ciência na imprensa: top5 com mais repercussão
Publicado na Bori em 19/12/2023, 8:12 – Atualizado em 15/2/2024, 17:24

Por Natália Flores* e Raquel Ribeiro**

Pesquisas do INMA, UFRN, Inca, Fiocruz e Elsevier/Bori estão na lista dos top 5 em repercussão na imprensa

Levar pesquisas científicas brasileiras explicadas para jornalistas de todo o país, mostrando o que a ciência nacional tem produzido em diferentes áreas do conhecimento, é uma das missões da Bori. Fazemos isso porque acreditamos que uma sociedade mais bem informada, por meio da imprensa, toma melhores decisões.

Seguindo essa linha, em 2023 antecipamos 153 pesquisas explicadas a jornalistas que tiveram mais de 2.800 repercussões imediatas em veículos de todas as regiões brasileiras (uma média de 20 por estudo!). Quatro das Top 5 pesquisas antecipadas pela Bori em termos de repercussão na mídia ultrapassaram a marca de 200 inserções imediatas na imprensa cada — e uma delas chegou a 120 inserções. São elas:

 

Ciência na imprensa: Top 5 da Bori

1º lugar “Bromélia-peluda”: nova espécie é descoberta com apoio de cidadão cientista em Minas Gerais (out/ Phytotaxa/ INMA)

2º lugar Sete entre dez pessoas trans relatam insegurança alimentar na pandemia (mai/ Plos One/ UFRN)

3º lugarApesar de proibido, nove em cada dez menores conseguem comprar cigarro (mar/ Cadernos de Saúde Pública/ Inca)

4º lugar Brasil registra 47 mortes de crianças e adolescentes por ano por acidentes de trabalho na última década (out/ Revista Brasileira de Saúde Ocupacional/ Fiocruz)

5º lugarImpacto acadêmico da ciência brasileira cresceu 21% desde 1998, aponta relatório inédito (nov/ relatório independente/ Elsevier-Bori)

 

Qual ciência está na imprensa?

As cinco pesquisas que mais repercutiram na imprensa são sobre biodiversidade, insegurança alimentar, saúde pública, acidentes de trabalho, produção científica — e foram produzidas por instituições como o Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Instituto Nacional do Câncer (Inca) e pela própria Bori, em parceria com a editora científica Elsevier. Duas destas pesquisas foram publicadas em periódicos editados no Brasil (“Cadernos de Saúde Pública” e “Revista Brasileira de Saúde Ocupacional”).

O recorde de repercussão foi para a descoberta de uma nova espécie de bromélia na Mata Atlântica, apelidada popularmente de “bromélia-peluda”. A pauta, trazida em outubro para a Bori pela assessoria de imprensa do INMA, teve quase 300 reproduções na imprensa, em veículos como Agência Brasil, O Eco, G1 Campinas, O Povo e News Rondônia. Em segundo lugar, está uma pesquisa sobre insegurança alimentar da população trans, da UFRN, que virou assunto em 250 veículos de comunicação, como a Folha de Pernambuco.

Dois estudos com foco em crianças e adolescentes também foram bastante repercutidos em 2023 pela imprensa — e estão em 3º e 4º na lista dos mais repercutidos no ano. Com quase 230 repercussões imediatas na imprensa, o primeiro, do Inca, mostra como menores de idade conseguem comprar cigarros em estabelecimentos comerciais, apesar da proibição. O segundo, da Fiocruz, traz um levantamento de mortes por acidentes de trabalho de crianças e adolescentes na última década — e atingiu quase 200 repercussões imediatas na imprensa de todo o país.

 

Análise sobre a produção científica

Na finaleira de 2023, uma análise sobre a ciência brasileira foi destaque na imprensa, com a antecipação a jornalistas de relatório da Elsevier e da Bori que mostrou que o impacto acadêmico da produção científica nacional cresceu 21% desde 1996.

O documento faz parte de uma série de relatórios lançados ao longo do ano em parceria da Bori com a editora científica Elsevier, com análises periódicas sobre a ciência brasileira, fornecendo informações inéditas deste panorama para jornalistas. O primeiro trouxe uma análise da produção científica sobre oceanos e o segundo, lançado em julho, analisou a produção científica brasileira de 1996 a 2022 – e mostrou que, em 2022, tivemos a primeira queda no número de artigos produzidos no país, que vinha crescendo desde o início da série. Esse último relatório também foi bastante noticiado pela imprensa, pautando editoriais e cartas de leitores, inclusive.

Em 2024, vamos continuar mapeando a ciência brasileira para levá-la às redações jornalísticas, apoiando jornalistas e trazendo mais visibilidade aos cientistas, instituições e revistas científicas. Acompanhe nosso trabalho e junte-se a nós!

 

* Gerente de conteúdo da Bori
** Engajadora de comunidades da Bori