Por Raquel Ribeiro*
A crise humanitária dos yanomami virou assunto principal das manchetes, nas últimas semanas, descortinando um cenário de horror e descaso. Nos primeiros dias desta cobertura, notamos que a maioria das fontes escutadas por jornalistas eram fontes oficiais, sendo que pouco espaço era dedicado a especialistas e cientistas – que poderiam trazer respostas sobre as causas e consequências da desnutrição dos indígenas.
Para levar a ciência para esse debate, a Agência Bori resolveu agregar cientistas que pesquisam o povo yanomami e a saúde indígena no seu banco de fontes de Amazônia, exclusivo para jornalistas cadastrados. Ao todo, adicionamos onze pesquisadores, a maioria de instituições da região Norte do país, das universidades federais do Oeste do Pará (UFOPA), de Roraima (UFRR), do Amazonas (UFAM), do Instituto de Pesquisas da Amazônia (IPAM). Também reunimos fontes da Fiocruz e da UFBA.
Um pesquisador da nossa comunidade trouxe a necessidade, também, de chamarmos atenção para outros povos indígenas vulneráveis ao garimpo em terras amazônicas – caso do povo Karipuna, em Rondônia. Ele produziu um artigo de opinião sobre o tema, assinado também por um representante indígena dos Karipuna. O texto pode ser reproduzido por veículos de comunicação, desde que citada a autoria. Jornalistas também podem utilizar trechos do texto como aspas dos autores nas suas reportagens.
Jornalistas que queiram acessar o banco de fontes da Amazônia e falar diretamente com esses e outros pesquisadores sobre garimpo, desmatamento, queimadas e outros temas que afetam a região podem se cadastrar na Bori gratuitamente.
*Engajadora de comunidades da Bori