Foto: CNPq
Publicado na Bori em 31/7/2023, 15:50

Co-fundadora da Agência Bori, a jornalista Sabine Righetti recebeu o Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica na abertura da 75ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) – principal evento científico do país. A premiação foi entregue conjuntamente pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) Luciana Santos, pelo diretor científico do CNPq Olival Freire Jr. e pelo presidente da SBPC Renato Janine Ribeiro.

O prêmio é concedido anualmente pela agência federal de fomento à ciência CNPq em três categorias: “Jornalista em Ciência e Tecnologia” (edição deste ano), “Pesquisador e Escritor” e “Instituição ou Veículo de Comunicação”.  As categorias se revezam anualmente, o que torna o prêmio bastante concorrido. Segundo a comissão julgadora, a escolha reflete a trajetória da jornalista na área de divulgação e popularização da ciência e tecnologia – incluindo a criação desta Agência Bori.

Na programação da SBPC, a jornalista também proferiu palestra sobre os seus 20 anos de carreira no jornalismo científico – e homenageou os professores e mentores que fizeram parte da sua trajetória. Caso do professor Carlos Vogt, criador do Labjor-Unicamp e supervisor da bolsa MídiaCiência da Fapesp, que Sabine recebeu no início da sua carreira. Hoje, Sabine é pesquisadora do Labjor-Unicamp.

Diagnóstico

A programação da reunião anual da SBPC foi bastante focada na organização da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, que será realizada no próximo ano e que definirá as políticas da área para uma década. Na maioria das sessões houve apresentação de diagnósticos sobre o retrato atual da ciência brasileira – incluindo números do relatório da Bori e da Elsevier,  “2022: um ano de queda na produção científica para 23 países, inclusive o Brasil”, lançado no primeiro dia do encontro.

O documento – antecipado à imprensa pela Bori – mostrou que 23 países tiveram queda no número de artigos científicos publicados em 2022 em relação a 2021, incluindo, de maneira inédita, o Brasil. O país vinha crescendo sua produção de artigos anualmente desde que os dados começaram a ser tabulados (em 1996).

O Brasil, mostra o relatório, teve um decréscimo de 7,4% na sua produção científica em 2022 em comparação ao ano anterior. A queda na quantidade de ciência brasileira em 2022 se assemelha à da Ucrânia, país que entrou em guerra naquele ano. Brasil e Ucrânia tiveram a maior perda de produção científica entre os países analisados.

Os dados do relatório foram amplamente discutidos na reunião anual da SBPC durante toda a semana e tiveram grande presença na imprensa em veículos como Folha de S.Paulo – incluindo editorial e cartas de leitor, O Globo – também incluindo editorial – e Agência Brasil.

A próxima reunião anual da SBPC acontece em julho de 2024 em Belém, na Universidade Federal do Pará (UFPA).