11 de fevereiro de 2020 Salvar link Foto: Gerd Altmann / Pixabay
Comportamento Social
Levantamento aponta a negligência como um dos casos de violência mais registrados

Highlights

  • Pesquisa feita no DF mostrou que negligência é o tipo de violência mais comum
  • Entre as pessoas idosas agredidas, a maioria é mulher
  • Resultado quer ajudar profissionais da saúde a terem olhar sensível para cuidador do idoso

No Distrito Federal, os filhos são apontados como os principais agressores de idosos atendidos num centro de referência dedicado a esses pacientes. Na maior parte dos casos, 56%, a negligência é o tipo de violência registrada, seguida pela psicológica (29%). A violência física é a menos comum, observada em 8% dos agredidos.

Com o título Perfil do agressor de pessoas idosas atendidas em um centro de referência em geriatria e gerontologia do Distrito Federal, a pesquisa foi conduzida por uma equipe liderada por Neuza Moreira de Matos, professora do departamento de Enfermagem da Universidade Católica de Brasília, e publicada em fevereiro na “Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia”.

Além de analisarem os documentos que registraram 111 casos de violência contra idosos num período de onze anos, de 2008 a 2018, os pesquisadores contaram também com informações colhidas durante reuniões de mediação de conflitos com familiares da vítimas. “O resultado da pesquisa é importante para ajudar profissionais da saúde a terem um olhar mais sensível para o cuidador do idoso e também ajudar esse profissional a identificar o idoso mais suscetível a sofrer violência”, comenta Matos a importância do estudo.

Maioria dos agressores é homem

Segundo a cientista, que trabalha nessa linha de pesquisa há pelo menos dez anos, é comum que apenas um dos filhos do idoso, de uma família numerosa, assuma a função de cuidador. “A negligência ocorre, na maior parte dos casos, por que o cuidador está sobrecarregado. Ele pode ficar tão doente quanto o idoso em questão”, analisa Matos.

Dos 111 casos considerados no estudo, 72% dos agressores eram os próprios filhos, a maioria (62%) homens. Já as pessoas idosas agredidas eram majoritariamente mulheres (72%), com idade entre 81 a 90 anos.

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Fonte: Agência Bori

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Publicado na Bori em 11/2/2020, 14:21 – Atualizado em 21/2/2021, 13:41