Em 2024, o Guia Alimentar para a População Brasileira completa dez anos. Para discutir as contribuições da obra sobre iniciativas que garantem acesso à alimentação saudável e adequada, a Bori e o Nupens (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde) da USP realizam a Coletiva “10 anos do Guia Alimentar para a População Brasileira: evidências científicas e impacto nas políticas públicas” exclusivamente para jornalistas no dia 11 de setembro (quarta), das 9h30 às 11 horas (horário de Brasília), via Zoom.
O evento recebe as pesquisadoras do Nupens/USP Renata Levy, Ana Paula Bortoletto e Kamila Gabe. A ideia é conversar sobre bases científicas das recomendações presentes no Guia e sua incidência na formulação de políticas públicas para promoção da saúde e da justiça social.
Uma das principais contribuições da obra é a proposta de classificação dos alimentos em quatro categorias: os in natura ou minimamente processados, que sofrem mínimas intervenções até chegar à mesa; os ingredientes culinários, como sal, açúcar e óleos, que servem de base para as preparações; os processados, fabricados com adição de ingredientes culinários que ajudam em sua conservação; e os ultraprocessados, formulações industriais que submetem o alimento a transformações severas, frequentemente ricas em sódio, açúcar, gordura e aditivos, e que, segundo o Guia, devem ser evitadas.
As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até 10 de setembro por este formulário.
O que é o Guia Alimentar para a População Brasileira
Produzido em 2014 pelo Ministério da Saúde em parceria com o Nupens/USP e com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o Guia Alimentar para a População Brasileira orienta famílias, comunidades, profissionais da saúde e tomadores de decisão sobre os caminhos para a boa alimentação com respeito aos saberes e culturas alimentares do país. A obra já inspirou publicações semelhantes em outros países, como Chile e México.
Sistemas Alimentares na Bori
A Coletiva Bori e Nupens integra a área temática de Sistemas Alimentares da Bori, que, desde 2021, conta com o apoio do Instituto Ibirapitanga para fazer ações voltadas à comunicação social do tema. A área temática de Sistemas Alimentares da Bori divulga à imprensa sistematicamente pesquisas de cientistas brasileiros sobre alimentação de maneira explicada, realiza treinamentos para cientistas e para jornalistas que trabalham com temas como nutrição, saúde pública e agricultura e, também, reúne no banco de fontes centenas de especialistas na área de alimentação preparados para atender a imprensa Isso é feito para ampliar a circulação do conhecimento científico sobre temas urgentes no país, como alimentação.