Por David King
O relatório do IPCC de hoje é uma avaliação clara e inabalável da catástrofe que enfrentamos sem ação imediata, e aplaudo os cientistas envolvidos em seu trabalho vital.
Devido às ações humanas, as mudanças climáticas já impactaram o ecossistema do nosso planeta, tanto que os pontos de inflexão estão sendo alcançados, e mudanças irreversíveis, iniciadas. Isso inclui o aumento do nível do mar não só nas próximas décadas, mas por centenas de anos.
O relatório serve como um lembrete gritante e urgente para os governos e formuladores de políticas públicas de que não há absolutamente nenhum espaço para manobras.
Embora a redução das emissões seja fundamental para nossa sobrevivência, também devemos começar rapidamente a reparação do clima. Isso requer remover gases de efeito estufa da atmosfera em escala e ganhar tempo com pesquisas sobre maneiras de proteger as calotas polares. Um objetivo fundamental é proteger o Círculo Ártico enquanto reduzimos as emissões e o devolvemos a um estado onde o Mar Ártico está novamente coberto de gelo durante o Verão Ártico.
Precisamos combinar esforços em escala global agora, assim como o mundo se uniu para enfrentar a Covid-19. Devemos agir globalmente para implementar métodos e tecnologias seguras para reparar sistemas climáticos danificados enquanto reduzimos urgentemente as emissões de carbono. Se não agirmos agora com determinação e velocidade, o preço que será pago pela humanidade e pelos nossos biossistemas é muito íngreme para considerar. Destruímos sistematicamente o ecossistema do nosso planeta e, com ele, nosso futuro: para nos salvar, devemos, agora, reparar os danos.
Sobre o CCAG
O Climate Crisis Advisory Group (em português, Grupo Consultivo de Crise Climática) é um grupo independente de 14 especialistas em mudanças climáticas de 10 nações de todos os continentes. Ele inclui experts em ciência climática, emissão de carbono, energia, meio ambiente e fontes naturais. O grupo quer se tornar referência nas tomadas de decisão dos diferentes países com relação à crise climática. Seus relatórios mensais estão sendo antecipados pela Bori desde junho de 2021.
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