Foto: Camila Garcez / Idesam
Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã durante a seca no Amazonas em outubro de 2023. Foto Camila Garcez Idesam
Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã durante a seca no Amazonas em outubro de 2023. Foto Camila Garcez Idesam
Publicado na Bori em 9/11/2023, 14:50 – Atualizado em 12/12/2023, 8:39

Por Natália Flores* e Débora Gallas**

Eventos extremos como a seca na Amazônia e as chuvas e tempestades torrenciais no Sul e Sudeste do país são marcas de que a crise climática já impacta o nosso cotidiano e merece ser cada vez mais abordada pela imprensa. A Bori tem trabalhado para colaborar e apoiar o jornalismo sobre mudanças climáticas, esse tema complexo, de forma aprofundada, com conteúdos e ações. Veja a seguir alguns deles.

Os impactos das mudanças climáticas já causam prejuízos para diversas populações. Temos acompanhado a seca dos rios da Amazônia, inclusive chamando especialistas para explicar sua relação com o desmatamento e seus efeitos sobre a pesca local e, consequentemente, a segurança alimentar da região. Jornalistas encontram artigos de opinião sobre esses temas escritos por cientistas de instituições do Norte, como o Instituto Mamirauá e o Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (Inpa). Os seus contatos estão disponíveis na ficha técnica dos textos, que podem ser acessados por jornalistas cadastrados na Bori.

O agravamento da poluição por causa dos incêndios na floresta amazônica, sentidos de forma intensa nas últimas semanas na cidade de Manaus, também tem sido destaque no noticiário — e merece uma cobertura baseada em evidências científicas. Essa situação não é nova. Em estudo antecipado de forma explicada à imprensa, mostramos que quase metade da população da Amazônia Legal e Centro-Oeste sofre com poluição causada pelas queimadas. O fogo parece já ter impactado 90% das espécies de plantas e animais da Amazônia, segundo outro estudo.

O que falar sobre mudanças climáticas?

Jornalistas que queiram explorar a relação entre a perda de carbono da floresta amazônica e as mudanças climáticas também podem consultar artigo de opinião assinado por pesquisadores sobre o tema divulgado pela Bori. Também há espaço para aprofundar as soluções para problemas causados pelas mudanças do clima a partir dos saberes tradicionais — tema tratado por outro artigo de opinião publicado na Bori.

O alerta para os impactos das mudanças climáticas virou tema recorrente das pautas da Bori que apoiam o jornalismo sobre mudanças climáticas. Divulgamos uma série de relatórios do Conselho Consultivo para a Crise Climática (CCAG, em inglês) em primeira mão a jornalistas brasileiros. O relatório mais recente aborda a necessidade da resiliência climática ser levada em conta no planejamento das nossas cidades. A resposta à crise climática precisa ser veloz, segundo analisa a pesquisadora Mercedes Bustamante, membro e porta-voz brasileira do CCAG, em artigo de opinião. Outros relatórios tratam de temas importantes sobre ações de enfrentamento às mudanças climáticas, como a regulação do mercado de carbono e a meta de zerar emissões líquidas, que devem voltar à tona na Conferência do Clima (COP 28), da ONU, em Dubai, no final de novembro.

Os textos explicativos, antecipados à imprensa sob embargo jornalístico, estão disponíveis no site da Bori, e os contatos dos seus porta-vozes, disponíveis na ficha técnica de cada estudo, podem ser consultados por jornalistas cadastrados na plataforma.

Inclusive, é bom lembrar que temos mais de 40 cientistas que estudam mudanças climáticas no banco de fontes de Amazônia — mais da metade de instituições da região Norte, como Inpa, UFPA, UFRR e ITV. Seus contatos de e-mail e telefone celular estão disponíveis para jornalistas cadastrados na Bori. São, ao menos, dez cientistas preparados para responder perguntas dos jornalistas sobre fogo e incêndios florestais e, pelo menos, cinco que podem falar sobre seca e recursos hídricos no bioma.

Impacto da crise climática na nossa alimentação

Além de Amazônia, outros especialistas nos ajudam a entender o impacto que as mudanças climáticas têm em diferentes ecossistemas e biomas, como os manguezais e a Caatinga. Estudos recentes, por exemplo, mapeiam o ponto de não retorno de ecossistemas brasileiros e mostram, também, que manguezais do Sudeste são os mais vulneráveis à crise climática. Outros trazem reflexões sobre soluções de enfrentamento, como esse da Caatinga.

O modo como a crise climática irá impactar a nossa produção de alimentos também é um tema que merece ganhar cada vez mais destaque na imprensa — principalmente porque será um desafio que exigirá soluções e tomadas de decisão criativas e eficientes. Iniciamos essa conversa em artigo de opinião de especialista publicado em parceria com o Nexo Políticas Públicas em julho de 2022. Como sabemos que é uma pauta que deve render, pretendemos realizar, nos próximos meses, uma Coletiva Bori exclusiva para jornalistas sobre o tema, na frente de ações apoiadas pelo Instituto Ibirapitanga. Fique atento às nossas divulgações para acompanhar esse debate!

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*Gerente de conteúdo da Agência Bori

** Coordenadora de projetos especiais da Agência Bori